sexta-feira, 6 de maio de 2016

Mães de atletas famosos de Alagoas tentam driblar distância e saudade

O Dia das Mães está chegando e o que não faltam são muitos e merecidos presentes para a Rainha do Lar. Muitas delas têm que se contentar com mensagens a distância ou um simples telefonema para matar a saudade. É o caso das donas Tereza Vieira e Francisca Nascimento que têm como filhos atletas de alto rendimento, que precisam estar longe e pouco aparecem em casa para dar aquele abraço apertado.
Dona Tereza e Marta matam a saudade durante as férias
Tereza é mãe da rainha Marta, considerada a maior jogadora de futebol de todos os tempos. Vivendo em Malmö, na Suécia, onde atua pelo FC Rosengard, a futebolista alagoana mal tem tempo de dar aquela passada em Dois Riachos, no Sertão de Alagoas, para matar a saudade de sua amada mãe. A jovem garotinha sertaneja ganhou o mundo com seus lances e gols que ainda marcam época. Cinco vezes eleita a melhor jogadora do ano pela Fifa, Marta viu na mãe a maior fortaleza para as conquistas que teve.
Se já não bastasse a imensa distância entre o país escandinavo e o Brasil, a falta de tempo, aliada ao fuso horário, acaba fazendo com que Tereza e Marta não se falem constantemente pelo telefone. Aplicativos como WhatsApp também são aliados nesta dura barreira entre mãe e filha. O Dia das Mães sem a filha já é uma rotina anual para ambas.
"Ela me manda presentes, mas a presença dela seria o maior prazer que sentiria. Mas, sei que esse é o trabalho que a realiza. Eu choro e sinto saudades, mas sempre a dou forças para que ela possa prosseguir em sua linda carreira", disse Tereza.
Marta está jogando atualmente no FC Rosengard, time da Suécia
Morando no exterior desde 2011, Marta e dona Tereza pouco têm oportunidades de estarem juntas. A atleta vem a Alagoas sempre quando está de férias e, em algumas oportunidades, a mãe acaba indo visitá-la na Suécia, onde está desde 2012 e também no Estados Unidos, onde esteve há 5 anos. "Na maioria das vezes a gente acaba se encontrando apenas quando ela vem para cá durante as férias. Mas, eu já cheguei a ir algumas vezes à Europa para matar um pouco da saudade que sinto de minha filha", relata.
E, como toda mãe, dona Tereza também fica de coração apertado e preocupada para saber como Marta se alimenta e como está de saúde. "Eu me preocupo como toda mãe. Quero saber se ela está bem e me corta o coração saber que ela está passando por algum tipo de problema", completa.
Distância menor, saudade enorme
Yohansson sempre que pode visita a mãe, que mora em Maceió

Já a situação de Francisca Nascimento é um pouco menos complicada, mas, ainda assim, a saudade é tão grande quanto a de dona Tereza. Mãe do paratleta Yohansson Nascimento, que hoje vive em São Paulo, ela se vira como pode para conseguir falar com seu filho, que mora na Terra da Garoa há 4 anos e meio.
O campeão olímpico, que precisou vencer as dificuldades que a vida lhe impôs, sempre viu na mãe a principal incentivadora do sonho de correr e ganhar o mundo com sua velocidade. 
"Eu sempre o incentivei e confiei no talento de meu filho. Hoje sei que ele tomou as decisões certas e que eu estive sempre ao seu lado. A distância é grande e incomoda, mas sei que ele tomou um ótimo rumo para sua vida e eu me sinto muito orgulhosa por ter como filho um campeão paralímpico", afirma.
Mãe de três filhos, dona Francisca diz que passar o Dia das Mães sem um deles é um vazio enorme. Yohansson sempre manda um presentinho e prepara alguma mensagem especial para ela via redes sociais.
Yohansson conquistou a medalha de ouro nas paralimpíadas de Londres
"Nos falamos todos os dias e isso ajuda a diminuir um pouco a distância e a saudade que sinto dele. Em todos os Dias das Mães ele sempre prepara uma surpresa com os irmãos dele e sempre acabe me presenteando com alguma coisa", lembra.
Amor que dribla a saudade
Donas Tereza e Francisca são duas de muitas mães que fazem do amor que sente por seus filhos, aliado ao sucesso deles, o combustível para suportar a distância que apertam seus peitos e incentivaram seus amores a serem grandes campeões e orgulhos para Alagoas e o Brasil.
O sentimento que os une não se congela como as geleiras suecas e nem se desmancha com a chuva paulista, pois, para as mães, a conquista dos filhos ultrapassa qualquer distância e elas sabem que, apesar da saudade, o sorriso de suas amadas e eternas crianças valem a pena.

Fonte: Gazetaweb.

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