Gerenciando Mudanças
As mudanças são constantes, mais o ser humano ainda não sabe lidar com as mudanças, é difícil para uma pessoa deixar de fazer aquilo que está acostumada e/ou condicionada a fazer, por medo inconsciente e às vezes consciente de mudar, os motivos desse medo são diversos, medo do desemprego, medo de não saber fazer, medo do que vão pensar dela e até mesmo medo puro e simples de mudar. Enquanto você tem medo existem pessoas e grupos de pessoas que ganham com isso e transformam as crises e os processos de mudanças em oportunidades.
No universo da excelência há quatro tipos de pessoas, segundo Maurício Góis palestrante e escritor, que são chamados por ele de administradores de crise, para este artigo eu adaptei estes quatro tipos de pessoas como exemplos de gerenciadores de mudanças, são eles:
1.OS QUE GANHAM SEM MUDANÇAS.
2.OS QUE GANHAM PARA A MUDANÇA.
3.OS QUE GANHAM DA MUDANÇA.
4.OS QUE GANHAM NA MUDANÇA.
O primeiro conferem com aqueles que ganhar sem mudar é como prosperar sem agir, tenho um colega que trabalha por mim e que supre a demanda sem que eu precise fazer mudar e/ou fazer nada mesmo que eu não faça alguém irá fazer, pois mesmo que eu não saiba fazer ou não queira eu me encosto em alguém. O segundo tipo são os que não se preocupam em mudar, são os coitadinhos que trabalham, trabalham e até fazem um bom trabalho mais não buscam se aperfeiçoar, pois acham que estão bem na função em que exercem, porém se sentem injustiçados quando alguém é promovido e como são incompetentes na ação competitiva, são excelentes na reclamação destrutiva. Os do terceiro grupo são os exploradores do suor alheio, os matadores do talento produtivo, os que podem dar oportunidade de mudança (crescimento) para alguém, mas não o fazem, por acharem que o outro e seu competidor e rival, e por você mesmo que se preocupa com o que os outros fazem mais não se preocupa que você mesmo faz ou pode fazer. É os que pertencem ao último grupo são os fabricantes de soluções, os empreendedores da mudança materializados em resultados, os que cooperam que buscam soluções e que as dividem com os outros e que correm atrás de algo para agregar.
Os desafios vão sendo vencidos e os obstáculos serão ultrapassados a medida em que aprendemos a gerenciar as mudanças que ocorrem a todo momento em nossas vidas, e as vitorias conquistadas resultam na descoberta do potencial que existe dentro de você para mudar e está transformação de consciência e estimuladas por profundas mudanças de pensamento.
Se pergunte então, em qual desses grupos você se encaixa? Se você pensa que está preparado o suficiente para ser o melhor que você pode ser, então, avance mais um pouquinho e mude. Se você acredita que ainda não está pronto para mudar, avance mais um pouquinho e procure mudar. E quando achar que fez uma mudança e está bom, avance mais um pouco e busque mudar algo para alguém. Permita-se ir além… Acredite, você está pronto, o suficiente, para alçar vôos maiores, não tenha medo de mudar, aprenda com as mudanças e continue mudando.
Fonte: http://www.monicatathiana.com.br
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Veja dicas para diminuir a ansiedade na entrevista de emprego
Nas entrevistas de emprego é comum que os candidatos fiquem nervosos e ansiosos no momento da conversa com o selecionador ou até dias antes do encontro. Em alguns casos, a ansiedade é tanta que pode fugir do controle e afetar diretamente o candidato na hora de ser avaliado pelo recrutador.
Segundo Samia Simurro, psicóloga e vice-presidente de projetos da ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida), a ansiedade é uma reação física e emocional que ocorre quando a pessoa se sente ameaçada, vulnerável. “Quando você se expõe, você pode ficar ansioso e isso é natural. O problema é quando isso é excessivo para aquela situação e passa a comprometer ou impactar a vida diária daquela pessoa”, explica.
Pensamento catastrófico
De acordo com a psicóloga, as pessoas ansiosas costumam ter um modelo de pensamento catastrófico. “E se eu não me sair bem na entrevista? E se eu não conseguir esse emprego? Se ele alimenta esse pensamento, tende a ter comportamentos que vão nessa direção, pois fica tão ansioso que vai mal na entrevista. Geralmente, quando a gente alimenta um medo, ele acontece. Agora, quando a gente entende que isso pode acontecer, mas se prepara, isso vai ser menos provável”, explica Samia.
Samia Simurro afirma que ansiedade é medo. "A diferença é que no medo eu estou de frente para o leão. Ele só me traz medo porque eu penso nessa situação de ameaça (se ele me matar?). Quando tenho uma entrevista de emprego, não estou de frente para o leão, estou em casa e penso: amanhã tenho uma entrevista e já fico vulnerável. Quando a ansiedade vier, pare, perceba seu corpo e pense: não estou vivendo isso agora, vou viver um momento e amanhã entro nessa situação. E se fortaleça, pois você sabe que tem condições de enfrentar”, aconselha a psicóloga.
Estresse negativo
Para Ricardo Monezi, psicobiólogo e pesquisador de medicina comportamental da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) a ansiedade da entrevista, do emprego, vem de uma demanda da vida em sociedade, uma cobrança de que nós devemos trabalhar e devemos procurar empregos cada vez melhores. “A partir do momento que você perde as rédeas da ansiedade, é quando ela se transforma num estresse negativo", diz Ricardo.
Dicas para diminuir a Ansiedade:
Autoconhecimento
Tenha certeza que você possui os requisitos para ocupar a vaga que você está se candidatando e lembre-se: além de você, há outros candidatos. No caso de uma reprovação não é o fim.
"Existem outras possibilidades e elas vão aparecer. Ficar ansioso não vai trazer o emprego, mas pode afastá-lo de você", diz o psicobiólogo Ricardo Monezi.
Respiração
Segundo a psicóloga Samia Simurro, a respiração de uma pessoa ansiosa é ofegante e superficial. Quando respiramos mais profundamente, o ritmo do corpo muda.
"Respire lenta e profundamente. Sinta o ar passando pelo seu corpo e trazendo toda a tranquilidade necessária para vencer os desafios”, ensina o psicobiólogo Ricardo Monezi.
Atividades físicas
Pratique atividades físicas que façam com que você se sita bem.
Segundo o pesquisador da Unifesp, Ricardo Monezi, a prática de ioga e meditação podem reduzir o nível de estresse e ajudar num momento de maior ansiedade.
Sono
Ter uma boa noite de sono também é importante para diminuir os efeitos da ansiedade.
Para a especialista em estresse e presidente da Isma-BR (International Stress Management Association no Brasil) Ana Maria Rossi, é fundamental dormir pelo menos 8h por dia.
Ajuda profissional
No caso de pessoas com ansiedade muito acentuada é necessário buscar a ajuda de um profissional.
Segundo o psicobiólogo Ricardo Monezi, ninguém vai se curar de ansiedade extrema do dia para o outro. “Isso é um trabalho diário. A pessoa não deve apenas buscar um emprego, deve conter a ansiedade na busca”, explica.
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Cinco perguntas clássicas das entrevistas de emprego
Experiência
1 - Fale sobre sua experiência profissional
Seja objetivo. Ficar discorrendo sobre sua longa trajetória profissional é um erro. Uma boa alternativa é selecionar os pontos mais apropriados para o cargo em questão.
“Se a vaga é para o marketing, por exemplo, não adianta nada ficar ressaltando suas grandes conquistas em vendas. Ou se o cargo exige habilidades em comunicação, não fique valorizando sua capacidade numérica, por exemplo”, diz o consultor de RH Renato Grimberg.
Saída
2 - Que motivos o levaram a sair do último emprego?
Não fale mal da empresa ou do antigo chefe. Fale das experiências boas que contribuíram para seu currículo profissional.
“Se a saída ocorreu por demissão, esta não deve, em hipótese alguma, ser omitida. Dizer a verdade é a base de qualquer relacionamento promissor”, diz Grimberg.
Para Marques, é preciso usar o fato a seu favor, posicionar a “perda” de forma positiva. Fale, por exemplo, que não tinha uma visão semelhante a do seu chefe, que não estava feliz e satisfeito na outra empresa, que não havia reciprocidade suficiente. Humildade e honestidade certamente não vão atrapalhar.
Características
3 - Quais são seus pontos fortes e pontos fracos?
Promova o que realmente for relevante para a posição que você disputa: se é a capacidade numérica, a comunicação, o relacionamento, o trabalho em equipe.
Os defeitos devem ser mencionados não de forma negativa, mas como pontos de melhoria.
Segundo Marques, uma boa dica é se mostrar aberto a novos desafios e possibilidades e até mesmo investir em um momento de mudanças na sua carreira.
Há pelo menos dois chavões clássicos entre as fraquezas: o ansioso e o perfeccionista. Para o consultor Renato Grimberg, essas respostas prontas são vazias e não agregam nenhum valor ao entrevistado.
Escolha e Conhecimentos
4 - Por que escolheu trabalhar nesta empresa e o que sabe sobre ela?
Pesquise, informe-se e entenda a missão e o valor da empresa. “Saber o nome do presidente, ter ciência sobre os negócios da empresa, citar uma notícia que leu, contextualizar informações que você buscou, são como um dever de casa”, diz Grimberg.
Não demonstre intimidade ou familiaridade com pessoas da empresa ou com assuntos que você não domina.
Perfil Ideal
5 - Por que o seu perfil é o ideal para preencher a vaga?
Nesta pergunta, seu auto-conhecimento é posto à prova. Segundo Grimberg, é preciso expor claramente quais são os seus diferenciais e que elementos e conquistas da sua experiência profissional funcionam como pontos de aderência com a empresa. “É importante você identificar que crenças você e a empresa possuem em comum e discorrer sobre elas com sinceridade”, diz.
Ter em mente o que você quer e o que a empresa oferece ajuda a estabelecer uma troca verdadeira entre funcionário e empresa. "Essa relação é imprescindível para o sucesso e motivação profissional”, afirma o presidente do IBC, José Roberto Marques.
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Como lidar com a inveja no trabalho - Em Clássicos do mundo corporativo, Max ensina a se dar bem no trabalho
Ao contrário da maioria das pessoas que convivem comigo, não pretendo ser um exemplo de sucesso na vida profissional. Não acho que preciso ter o melhor emprego do mundo ou evoluir para cargos mais altos para ser feliz. O que há de errado nisso? Sou pior que meus colegas porque penso dessa forma?
Você definiu o que é sucesso segundo sua ótica. Provavelmente, você abomina pessoas que são dadas a demonstrações explícitas de status profissional – e não gosta de gente que resume a própria existência ao cargo que tem e às aspirações para atingir cargos mais elevados. Para você, sucesso consiste em estabelecer um equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal, e isso faz com que você não dedique todos os seus minutos a construir uma carreira. Se isso o satisfaz e não lhe causa arrependimento, você é um sucesso naquilo que se dispôs a fazer – usar o trabalho como meio, e não como fim. De minha parte, parabéns.
Defina o que é inveja. Fui acusada de ser invejosa, e acho que não sou.
É o reconhecimento de que não dá para ser como o outro é. Isso tanto pode resultar em uma admiração quanto em um opressivo sentimento de que a outra pessoa não merece o que tem, o que é inveja. A partir dessa constatação, o invejoso pode guardar para si o que sente, uma atitude que só faz com que a inveja vá aumentando, ou tentar denegrir o que o invejado faz. Se a colega que acusou você disse isso diretamente, talvez você deva repensar o que vem dizendo sobre ela. Se você soube da acusação por terceiros, talvez a invejosa seja sua colega, e não você.
Como as empresas avaliam alguém que concluiu um curso superior à distância?
Depende. A avaliação será boa se o candidato não tinha condições de fazer um curso presencial, ou por alguma dificuldade física de mobilidade ou porque seu trabalho requeria viagens contínuas. Nesse caso, o candidato estará demonstrando que usou a única opção disponível para se graduar. Fora isso, vejo o ensino à distância mais como uma opção de pós-graduação. É uma ótima oportunidade para agregar mais conhecimentos específicos a uma base acadêmica já consolidada.
Ouvi rumores de que serei dispensado. Devo falar com meu chefe sobre isso?
Se sua dispensa já foi decidida e o processo está em andamento, a conversa não mudará o futuro. O único resultado prático seria deixar seu chefe sabendo que há vazamentos no sistema de comunicação da empresa, algo que poderá causar outras dispensas. Se os rumores forem falsos, seu chefe o criticará por perder seu tempo ouvindo banalidades. O mais sensato é você se preparar para ser dispensado, atualizar o currículo e a lista de contatos. Essas providências lhe serão úteis mesmo que os boatos sejam falsos. Ao se mexer, pode ser que você consiga uma vaga em uma empresa menos afeita ao diz que diz dos corredores.
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Jovens e empreendedorismo
A crise do emprego no Brasil é um problema sério que afeta várias camadas da sociedade. Esse problema é um “trauma” e provoca uma série de inconvenientes às famílias. Uma das pontas da sociedade que sofre com o problema são os jovens brasileiros; principalmente aqueles que estão em busca do primeiro emprego e os que estão saindo da universidade com a esperança de uma boa colocação no mercado de trabalho.
Os especialistas discutem as causas da onda de desemprego enquanto jovens engrossam a fila de desempregados. Há não muito tempo dizia-se que a posse de um diploma universitário seria a garantia uma boa colocação profissional. Milhares de jovens apostaram na idéia, investiram e continuam a investir na qualificação profissional, mas ao chegar no mercado de trabalho a realidade é outra. Mas ainda assim, todos sabemos que a qualificação profissional e que o estudo ainda é a melhor ferramenta de se conseguir avançar no mercado de trabalho.
Empreendedorismo é a palavra de ordem. Não se pode mais pensar em preparar os jovens para um futuro que não existe mais. O emprego, a carteira assinada, garantias trabalhistas estão cada vez mais raras.
O Brasil penaliza a geração de empregos com o peso dos impostos sobre a folha de pagamentos: impostos, taxas, burocracia, normas... e coisas do gênero. E isso é um grande estímulo a não contratação. Os números saltam aos olhos: bem menos da metade dos trabalhadores tem carteira assinada.
No caso dos jovens, existe um descompasso muito grande entre as expectativas e a realidade que os espera no mercado. Devemos pensar menos em emprego e mais em trabalho. O importante é adquirir o conhecimento que vai gerar valor no mercado, não importando a forma com a qual esse conhecimento é transacionado, se através de carteira, consultoria, terceirização, contrato de compra e venda de serviço.....é preciso repensar essa questão. O potencial empreendedor é grande. Sabe-se que 68% dos postos de trabalho estão nas pequenas e médias empresas brasileiras, de acordo com dados divulgados pela imprensa. Um em cada oito brasileiros é empreendedor. Se você quer fazer parte deste time, comece agora. Procure identificar qual é o seu poder de realização. E não esqueça: dentro do segmento que você escolher atuar, estude, pesquise e faça o melhor que puder.
Características de um empreendedor:
Iniciativa - O empreendedor não fica esperando que os outros (o governo, o empregador, o parente, o padrinho) venham resolver seus problemas. O empreendedor é uma pessoa que gosta de começar coisas novas, iniciá-las. A iniciativa, enfim, é a capacidade daquele que, tendo um problema qualquer, age: arregaça as mangas e parte para a solução.
Auto-confiança - O empreendedor tem auto-confiança, isto é, acredita em si mesmo. Se não acreditasse, seria difícil para ele tomar a iniciativa. A crença em si mesmo faz o indivíduo arriscar mais, ousar, oferecer-se para realizar tarefas desafiadoras, enfim, torna-o mais empreendedor.
Aceitação do risco - O empreendedor aceita riscos, ainda que muitas vezes seja cauteloso e precavido contra o risco. A verdade é que o empreendedor sabe que não existe sucesso sem alguma dose de risco, por esse motivo ele o aceita em alguma medida.
Sem temor do fracasso e da rejeição - O empreendedor fará tudo o que for necessário para não fracassar, mas não é atormentado pelo medo paralisante do fracasso. Pessoas com grande amor próprio e medo do fracasso preferem não tentar correr o risco de não acertar, ficando, então, paralisadas. O empreendedor acredita.
Decisão e responsabilidade - O empreendedor não fica esperando que os outros decidam por ele. O empreendedor toma decisões e aceita as responsabilidades que acarretam.
Energia - É necessária uma dose de energia para se lançar em novas realizações, que usualmente exigem intensos esforços iniciais. O empreendedor dispõe dessa reserva de energia, vinda provavelmente de seu entusiasmo e motivação.
Auto-motivação e entusiasmo - O empreendedor é capaz de uma auto-motivação relacionada com desafios e tarefas em que acredita. Não necessita de prêmios externos, como compensação financeira. Como conseqüência de sua motivação, o empreendedor possui um grande entusiasmo pelas suas idéias e projetos.
Controle - O empreendedor acredita que sua realização depende de si mesmo e não de forças externas sobre as quais não tem controle. Ele se vê como capaz de controlar a si mesmo e de influenciar o meio de tal modo que possa atingir seus objetivos.
Voltado para equipe - O empreendedor em geral não é somente um fazedor, no sentido obreiro da palavra. Ele cria equipe, delega, acredita nos outros, obtém resultados por meio de outros.
Otimismo - O empreendedor é otimista, o que não quer dizer sonhador ou iludido. Acredita nas possibilidades que o mundo oferece, acredita na possibilidade de solução dos problemas, acredita no potencial de desenvolvimento.
Persistência - O empreendedor, por estar motivado, convicto, entusiasmado e crente nas possibilidades, é capaz de persistir até que as coisas comecem a funcionar adequadamente.
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Planejamento de Carreira - Crônicas de Mario Persona
Nesta entrevista Mario Persona dá informações relevantes para o desenvolvimento de sua carreira profissional.
P: Por que planejar a carreira? Qual deve ser o objetivo estratégico de carreira?
R: Uma carreira deve ser vista como um negócio. Existe um objetivo de lucratividade, existe um mercado onde se pretende atuar, existem clientes para serem atendidos e toda uma estrutura de habilidades e competências que precisam ser desenvolvidas e atualizadas constantemente para evitar a obsolescência. Este é seu produto.
No final, há também aquele desejo de "profissionalizar a direção da empresa", isto é, criar um patrimônio que outros possam administrar e garantir que tenhamos um rendimento suficiente, ou garantir que a "empresa" possa ter mais tempo para se dedicar a atividades com objetivos menos financeiros e de maior significado social. Antigamente isso era chamado de aposentadoria.
Em meu último livro "Marketing de Gente" mostro como o profissional deve agir em relação à sua carreira, principalmente aqueles que hoje saem de uma faculdade sem ter uma idéia clara daquilo que espera por eles no mercado. O livro abre com o exemplo do porquinho que, quando questionado sobre o que gostaria de ser quando crescer, respondia alegremente: "Salsicha!".
Embora salsicha fosse algo útil, ele nem imaginava que iria precisar morrer para que sua carreira se tornasse realidade. E, de certo modo, é assim que o profissional deve se preparar: morrendo para velhos hábitos, vícios e idéias equivocadas do que seja uma profissão, e se transformando em algo de utilidade.
P: Como desenvolver a carreira profissional e ganhar visibilidade?
R: O primeiro passo é buscar juntar continuamente capital intelectual. Todo profissional deveria começar perguntando: O que tenho para oferecer que alguém teria interesse em comprar? Se ele não tiver coisa alguma, nenhuma habilidade, nenhum conhecimento, nenhuma competência, então é bom começar a procurar.
Poucas pessoas raciocinam em termos de produto e mercado quando pensam numa carreira. Estão procurando um emprego nos moldes antigos, uma mãe que garanta seu leite por tempo indeterminado, sem ficar muito claro o que a criança oferece em troca além de reclamar por mais leite. Hoje não é mais assim. O profissional deve enxergar seu empregador, seja ele permanente ou temporário, como um cliente que deseja comprar algo de útil.
A visibilidade é conquistada menos com exposição inconveniente e mais com os resultados de um trabalho bem feito. Se eu disser que sei fazer bem isto ou aquilo, minha voz tem pouco poder para convencer, mas se várias pessoas falarem a mesma coisa porque tiveram uma experiência de satisfação com meus serviços, o impacto será muito maior. O segredo, portanto, não é falar de si, mas criar condições para que os outros comentem. Com a tecnologia da informação isso ficou mais fácil, porque as pessoas podem se comunicar instantaneamente com milhares de amigos.
Publico em meu blog várias crônicas que, no final, têm um convite para que o leitor envie o endereço para um amigo. É grande o número de pessoas que fazem isso, não porque convidei, mas porque realmente gostaram do que leram. Quando trazemos algum benefício a alguém, essa pessoa irá divulgar e acabamos ganhando visibilidade. Evidentemente, em meu caso, precisei criar um blog e escrever os textos, porque nada acontece sem trabalho.
P: Por que algumas pessoas passam um bom tempo na empresa e não conseguem o reconhecimento. Muitas vezes nos empenhamos e os louros da conquista ficam para a equipe. Como obter evolução em uma empresa?
R: A principal razão é que a maioria nem sempre merece um reconhecimento porque estão fazendo apenas o que a empresa esperava que fizesse. Quando falamos em reconhecimento, falamos em recompensa, seja na forma de aumento, seja na forma de prestígio ou até de um tapinha nas costas.
Se faço apenas o que se espera que faça, não faço mais do que minha obrigação, portanto não devo me surpreender se não ouvir qualquer menção pelo meu trabalho. Se errar, posso esperar ouvir, mas não é disso que estamos falando. Porém, se exceder as expectativas, aumento a probabilidade de ser mencionado, de ser lembrado e, talvez, de receber algum tipo de reconhecimento mais palpável. É como quando compramos um produto.
Se compro geléia de morango e encontro exatamente isso dentro do vidro, não aconteceu nada de mais. Porém, se ao abrir o vidro descubro que a geléia é formada por enormes morangos suculentos, completamente diferente daquelas massas coloridas e açucaradas que vemos por aí, é provável que continue a comprar aquela marca mesmo que aumente de preço e ainda vou fazer um favor ao fabricante, divulgando entre as pessoas que conheço.
Funciona igual no trabalho. Dentre dezenas de marcas expostas na gôndola do supermercado, esta irá se sobressair para mim e para as pessoas que já experimentaram. Ainda que alguém diga que naquele supermercado há boas marcas de geléia, todos saberemos qual é a melhor. É preciso ter um algo mais para se destacar em meio à massa de uma equipe e, ainda que nosso trabalho faça parte de um todo, de um esforço conjunto, se tenho uma marca pessoal de distinção, qualidade, atitude, reputação e outras qualidades, vou ser notado.
P: O marketing pessoal poderia ajudar neste caso? Como fazê-lo sem parecer pretensioso?
R: Existe muita confusão com a palavra "marketing". Muita gente acha que é sinônimo de propaganda, mas não é. Marketing é toda uma estratégia de se identificar, analisar e atender necessidades e desejos de um determinado mercado, obtendo lucro e reconhecimento no processo. Portanto o marketing pessoal começa não na pessoa, mas no mercado ou ambiente de trabalho que ela pretende atingir. O profissional que pergunta "Como será que posso ser de ajuda neste ambiente de trabalho?" deu o passo mais importante para seu marketing pessoal.
Veja que como profissionais, o que "vendemos" para nosso cliente empregador é o nosso serviço. A palavra serviço vem de servir, e quem serve é servo. Infelizmente nem todo profissional gosta de se enxergar numa posição de servo por achar que é um posto humilhante, porém não é, quando se trata de uma ação voluntária. Um líder que está seguro de sua capacidade jamais irá achar que está perdendo algo por se colocar como exemplo de serviço.
P: O que é uma pessoa bem sucedida?
R: Não é alguém que ganhe muito dinheiro, embora tudo neste mundo tente nos dizer que é. Conheço pessoas riquíssimas que não têm nem um átomo da alegria e paz de outras que têm apenas o suficiente para suas necessidades e vivem felizes. São riquíssimas em riquezas intangíveis. Portanto, sua pergunta, se for no sentido de bem sucedido como pessoa, tem um sentido muito mais amplo do que aquele que é limitado apenas por sua carreira.
Uma vez li um diálogo de um ancião com um jovem recém formado. Ele perguntava ao rapaz quais eram seus planos para o futuro e o rapaz respondeu que queria buscar um emprego. O ancião perguntou se era só isso. O jovem continuou, explicando que queria subir no emprego, fazer carreira. O ancião continuava perguntando se era só isso e o jovem ia acrescentando metas: uma boa casa, um bom carro, esposa, filhos, casa de campo, barco, amigos, esportes, ser dono de seu próprio negócio etc. O velho não se contentava e perguntava o que mais. Dar uma boa faculdade para os filhos, conseguir uma aposentadoria confortável, viajar pelo mundo.
A conversa vai até não sobrar mais tempo de vida e o jovem acaba concluindo que aí ele iria morrer. É então que o ancião lhe diz: "Se a sua perspectiva de sucesso só dura uma vida, devo dizer que é muito pequena". O que ele queria dizer era que um plano visando o sucesso nunca deve se limitar ao trabalho, família ou às coisas que duram apenas alguns anos, mas ampliar essa perspectiva para durar uma eternidade. No meu caso, fiz isso quando ainda tinha 24 anos e me tornei cristão.
P: Quais as conseqüências para a falta de planejamento de carreira?
R: Acredito que a principal seja uma falta de direção bem definida. Se não temos um objetivo na vida, e isso inclui um objetivo na carreira, vamos ficar pulando de um lado para o outro, mudando de rumo a cada brisa e nunca chegaremos a lugar nenhum. Porém isso não significa também se agarrar a uma carreira ou profissão e ficar dando socos em ponta de faca quando vemos que já não existe mercado para o que fazemos.
Profissionalmente devemos estar sempre prontos a mudar, porém devemos ter um alvo que seja significativo o suficiente para mantermos a vista fixa nele. Daí a necessidade de não limitar esse planejamento apenas à carreira, mas ampliá-lo para a vida. É como velejar. Temos um ponto bem claro onde queremos chegar, mas às vezes será preciso fazer um zigue-zague para atingi-lo. Todavia, nessa viagem há princípios que são imutáveis, como nossas crenças e valores, desde que sejam as crenças e valores corretos. Porque se o sucesso na carreira fosse medido apenas em cifrões, todo mundo iria querer ser traficante de drogas ou ladrão de bancos, atividades altamente lucrativas.
P: O planejamento de carreira deve ser veiculado à empresa que trabalhamos? Ou deve ser independente?
R: O planejamento deve ser independente, pois ninguém mais acredita em estabilidade no trabalho. Quem se ilude buscando construir uma carreira que fique limitada à empresa, pode ver tudo ir por água abaixo se aquela empresa for vendida ou sair do mercado.
Vou dar um exemplo bem radical para você entender. Faça de conta que trabalho em uma empresa fabricante de máquinas de escrever e vou estudando, fazendo cursos, treinamentos e tudo mais sempre voltado para a área de atuação da empresa onde trabalho, que é a fabricação e venda de máquinas de escrever. Nem preciso dizer a você o que acontecerá com minha carreira, não é mesmo? Então, um belo dia me encontro na meia-idade indo procurar no mercado uma colocação para toda aquela experiência que tenho em máquinas de escrever e descubro que já não existe mercado para isso.
Portanto, o profissional deve sempre olhar mais além do que o pequeno horizonte traçado pela empresa onde trabalha. É claro que deve se aperfeiçoar dentro de sua atividade atual, porém ciente de que amanhã ela poderá não servir mais. Hoje aconselho que a pessoa se prepare profissionalmente para sair da empresa. Não que sair esteja no seu plano, mas deve estar preparado para o que fazer se sair.
Como fazem as comissárias de bordo antes da decolagem. Elas explicam a todos como proceder,caso o avião caia na terra ou no mar. Não que alguém esteja ali esperando que o avião vá cair ou até colaborando para isso. Porém seria uma insensatez achar que o avião é capaz de voar para sempre sem acidentes.
P: Dentro de uma carreira profissional quais os fatores que garantem sucesso ao colaborador? Qual a porcentagem que o fator sorte pode ajudar neste caso?
R: Não diria que a sorte seja o fator importante, mas a oportunidade. E oportunidades podem ser chamadas de sorte porque alguém as enxergou, se preparou e agarrou. Aí os que não viram ou não estavam preparados dirão que aquela pessoa teve sorte. Não é bem assim. Pode surgir em uma empresa uma vaga de gerente e, obviamente, aquele que teve a "sorte" de falar mais de um idioma vai acabar agarrando a posição. O melhor mesmo é estar equipado para toda "sorte" de coisas. Aí sim, a sorte vai ser importante.
Mario Persona é palestrante, consultor e autor de Marketing Tutti-Frutti e Marketing de Gente.