quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Analfabetismo em AL é quase três vezes maior que no Zimbábue


Taxa entre a população com 15 anos ou mais caiu apenas 5,2 % em sete anos, ficando em 24,3%

A taxa de analfabetismo entre a população com 15 anos ou mais diminuiu quatro pontos percentuais entre 2000 e 2010, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas apesar da redução nacional, de 13,6% para 9,6%, Alagoas ainda figura como o estado campeão em analfabetos, com 24,3% da população – em 2004, o número era de 29,5%. Com isso, supera nações como o Zimbábue, país africano cujo Produto Interno Bruto (PIB) per capita alcança apenas 5% do brasileiro e onde a taxa chega a ser quase três vezes menor, de 8,14%.

Em 10 anos, o Estado conseguiu reduzir a taxa em pouco mais de 9%, já que, em 2000, era de 31,8%. Contudo, a taxa também é maior que a nacional, em 13%, número bem inferior ao registrado em São Brás - município do Agreste alagoano com quase sete mil habitantes - onde 34,7% da população com mais de 10 anos é analfabeta.

Segundo a pesquisa, o Nordeste está entre as regiões que mais apresentaram redução (de 26,2% para 19,1%). A média mundial, segundo as estatísticas, foi de 16,32%, com a menor taxa encontrada em Cuba, de 0,17%, e a maior no Chade (39%), outro país africano.

Já no que diz respeito à renda, manteve-se uma tendência histórica nas capitais, com as regiões Sul e Sudeste detendo o melhor rendimento domiciliar per capita. Florianópolis-SC registrou o maior valor (R$ 1.573), com metade da população recebendo até R$ 900. Maceió, por sua vez, aparece entre as seis capitais cujo rendimento alcançava apenas 40% do observado na capital catarinense.

Sobre o índice de analfabetismo, a produção da Rádio Gazetaweb entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde, que informou se manifestar sobre a pesquisa ainda nesta quarta-feira.

Mais números

E ainda no tocante à alfabetização, o IBGE revela que entre as crianças brasileiras de 10 a 14 anos, 3,9% ainda não sabiam ler e escrever em 2010, o que representa cerca de 671 mil crianças. Em 2000, o número deste contingente era de 1,2 milhão de crianças, ou 7,3% do total.

A pesquisa apurou ainda que as crianças que vivem em famílias pobres demoram mais para serem alfabetizadas. Considerando as crianças de 10 ou mais anos, o analfabetismo atinge 17,5% das que vivem em famílias com renda per capita de até um quarto do salário mínimo, 12,2% nas que vivem com renda de um quarto até meio salário, 10% nas de meio a um salário, e 3,5% nas de um a dois salários.

Nas faixas seguintes, a taxa de analfabetismo prosseguiu em queda, passando de 1,2%, na classe de dois a três salários mínimos, a 0,3%, na de 5 salários mínimos ou mais. Já na faixa entre 15 e 19 anos, a taxa de analfabetismo atingiu 2,2% em 2010, mostrando uma redução em relação a 2000, quando era de 5%.

Por outro lado, no contingente de pessoas de 65 anos ou mais, este indicador ainda é elevado, alcançando 29,4% da população nesta faixa de idade em 2010.

Censo

Participaram do Censo 2010 cerca de 190 mil recenseadores, que visitaram os mais de 5.500 municípios brasileiros. Ao todo, foram entrevistados representantes de 67,5 milhões de domicílios, no período de 1º de agosto a 31 de outubro – outras 899 mil residências foram consideradas fechadas.

Os primeiros dados da pesquisa, que identificou uma população de 190 milhões de pessoas, foram revelados em abril deste ano. Nesta quarta-feira, o IBGE divulgou dados considerados consolidados. 

Fonte: Gazetaweb.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Aumento de matrículas no ensino superior está ligado à proliferação de faculdades



As Regiões Norte e Nordeste do Brasil vêm registrando um aumento no número de matrículas em instituições de ensino superior entre 2001 e 2010, de acordo com dados do Censo da Educação Superior do ano passado, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC).


A educação à distância (EAD) corresponde a 14,6% das matrículas no ensino superior no país. O número de matrículas aumentou principalmente nas instituições privadas e equivale a 74%. Nos cursos presenciais, 3,9 milhões de matrículas estão no bacharelado, 928 mil nas licenciaturas e 545 mil na modalidade tecnológica.

Segundo o presidente da Comissão Permanente do Vestibular (Copeve), Carlos Almeida, em Alagoas, a proliferação das faculdades privadas e o aumento na oferta de vagas na Universidade Federal de Alagoas tem contribuído para reforçar os dados do MEC.

“A Ufal tem novos Campus no interior e passou de 2200 vagas para mais de 5 mil, o número praticamente dobrou”, ressaltou ele, lembrando que o mercado percebeu que existia uma grande demanda, composta pelos estudantes que não conseguiam entrar nas universidades federais.

“No último vestibular foram 32 mil inscritos, para pouco mais de 5 mil vagas. Sobraram 25 mil candidatos. O mercado de faculdades privadas percebeu que havia uma grande demanda. Na Ufal a concorrência continua grande para todos os cursos”, afirmou.

Ele lembrou que a qualidade no ensino superior é um dos itens que devem ser observados. “É difícil avaliar a qualidade nas faculdades particulares, porque muitas têm uma estrutura e um corpo de professores bons e outras não. Mas, nas instituições federais há um investimento maior em pesquisa”, ressaltou.

Fonte: Cada Minuto.

Agressões contra crianças aumentaram na pandemia, diz especialista

O Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDCA) informou que publicará em seu  Site   nota técnica sobre todos os procedim...